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ELES NãO MEXEM APENAS NO QUEIJO

    

Mickey, Minnie, Jerry e a dupla Pinky e Cérebro, que sonhavam dominar o mundo, são apenas alguns dos ratinhos que aprendemos a gostar na infância, influenciados pelos desenhos animados.
Só que apesar da aparência até fofinha de algumas espécies, estes roedores são mais famosos pelos estragos que causam onde aparecem e pelas doenças que proliferam.Eles são pequenos (alguns nem tanto), mas contra eles todo cuidado é pouco.
Na última semana o Corpo de Bombeiros foi chamado para capturar um animal que apareceu em um prédio na região do Bairro Country, segundo os militares se tratava de uma ratazana, apesar das controvérsias sobre o que realmente era o animal, se  ratazana, gambá ou raposa.
A aparição desse tipo de animal não é novidade naquela região e se os bichinhos que estão invadindo as residências no Country forem mesmo roedores é importante que os moradores procurem todas as medidas cabíveis para não correr nenhum risco contaminação.
Nilza Matos conta que há dias em que o quintal de sua casa mais parece um zoológico.
“Não tem hora para eles aparecerem e os bichos já estão ficando até domesticados, não se incomodam com a presença das pessoas”.
Ela explica que a vizinha da casa da frente também já não sabe mais o que fazer.
“Outro dia ficou um desses bichos o dia inteiro no quintal, que queria lavar a roupa, mas ele ficava bem no caminho. Tive que pedir para a vizinha trazer o cachorro para tentar capturar e o cachorro, apesar de grande, passou um sufoco e tanto pra conseguir”.
Nilza conta que, apesar de manter os alimentos sempre bem guardados, teve de redobrar os cuidados, já que as ratazanas costumam subir em tudo.
Eles ainda entram no forro e urinam por toda parte. A moradora chegou a mostrar a última destas peraltices: o forro todo respingado, um trabalho a mais para a dona de casa.
Nilza mora perto da área verde que rodeia a Praça Parigot de Souza e do outro lado da rua, ao lado da casa da vizinha que ela citou, há um grande terreno baldio.
A mulher não sabe explicar se o mato é responsável pelo aparecimento destes animais, mas conta que de uns tempos para cá as aparições se tornaram muito mais constantes.
Uma das principais preocupações de quando há uma incidência exagerada de ratos é transmissão de Hantavirose e Leptospirose, duas doenças que podem ser fatais e que são transmitidas pela urina do rato.
A presença do roedor, apesar de ser considerada normal para alguns, é mais comum em ambiente que ofereçam abrigo e comida para estes animais, conforme explica o agente controlador de pragas urbanas, Nelson Pagno Moreira.
“O rato só se instala onde tiver abundância de alimentos, caso contrário ele não fica. Fechar frestas pode ajudar, mas a higiene do local é fundamental, mantendo sempre entulhos e lixos longe de casa, não deixando restos de alimentos pela casa e tendo o máximo de cuidado com a ração do cachorro, pois os roedores adoram ração e água limpa”.
Quando as galerias não são suficientes,  roedores procuram abrigo nas casas
Nelson Pagno Moreira, que trabalha no controle de pragas, explica que realiza de cinco a seis atendimentos diários e dentre os principais bairros atendidos, o Country é um dos que apresenta um índice considerado alto de infestação de roedores.
Ele explica que considera índice alto quando em 75% dos atendimentos há incidência de roedores. No nível médio em 50% dos atendimentos há incidência de ratos e é considerado nível baixo os locais em que a incidência de ratos é de 25% comparada ao total de atendimentos.
Nelson explicou que o aumento no aparecimento de ratos e ratazanas é comum também em dias de chuva e frio, quando há o alagamento do abrigo destes animais e eles acabam procurando outros locais para ficar e acaba invadindo as residências.
O engenheiro Civil da Secretaria de Serviços e Obras Públicas, Jefferson Maciel Valcanover, explica que em pontos mais baixos, como é o caso da área verde do Country, é onde normalmente ocorrem alagamentos, pois nestes locais a boca de lobo funciona como um ralo.
Todo o lixo depositado nas ruas vai parar nestes locais.
“Se entupir acontece o alagamento. Embora praticamente todos os pontos da cidade em que isto pode ocorrer, as bocas de lobo foram modificadas e refeitas com dimensões maiores. Temos ainda alguns problemas de subdimensionamento de alguns bueiros dos córregos, principalmente em bairros, que provocam alagamentos em ruas, e que estão sendo resolvidos na sequência de importância das vias e no orçamento disponível para o setor”.
A assessoria da Secretaria de Saúde informou que em caso de aparecimento de animais em propriedade particular, o responsável pela captura é o proprietário.
Nos casos de áreas públicas e terrenos baldios a orientação é que a vigilância sanitária seja acionada, mas isso vale apenas para animais peçonhentos.



Fonte: http://cgn.tv.br/