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ANVISA TOLERA ATé 20 INSETOS EM ORéGANO.

    

Anvisa tolera até 20 insetos em orégano.

Veja limites de 'matérias estranhas' em alimentos.

Já imaginou comprar tempero e levar, num “combo”, alguns insetos? O saquinho de óregano com 10 gramas, por exemplo, pode conter até 20 desses animais mortos próprios da cultura. Isso é o que tolera uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada em 2014, que trata de matérias estranhas em alimentos. O texto declara “aceitáveis” também alguns níveis de fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco), areia, ácaros mortos, fungos e bárbulas, as ramificações das barbas que formam a pena das aves (exceto de pombos).

Ao todo, há quatro alimentos em que são tolerados insetos inteiros mortos. Além do orégano, podem haver cinco insetos inteiros em 25g dos chás de camomila, menta ou hortelã, excetuados indicativos de risco. Não são permitidas, porém, “baratas, formigas, moscas que se reproduzem ou que tem por hábito manter contato com fezes, cadáveres e lixo, bem como barbeiros, em qualquer fase de desenvolvimento, vivos ou mortos, inteiros ou em partes”.

Há um nível aceitável também para pelos de roedor. Mesmo assim, ontem, cinco marcas de extrato de tomate tiveram a comercialização suspensa pelo órgão, por infrigirem esses limites.

— A gente questiona esse tipo de determinação de tolerância dos órgãos reguladores. Causa estranheza saber que é aceitável isso. A Proteste pede que seja mais rígido. E, mesmo com a tolerância, as indústrias extrapolam. Tem que haver um compromisso maior com higiene —critica Sonia Amaro, supervisora institucional da Proteste: — A Proteste fez testes em 2013 em kethups e constatou problemas também. Tem sido recorrente.

Segundo Tamires Dambros, da consultoria Alimento Seguro, falta atenção das empresas para a qualidade.

— Ainda é muio falha a gestão de segurança. As empresas investem em pesquisa e desenvolvimento e deixam a desejar na área de qualidade. Ocorre até negligência em relação a fornecedores.

Confira dez limites determinados pela Anvisa.

Produtos de tomate (molhos, purê, polpa, extrato, catchup e outros derivados) - até 10 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 100g; um fragmento de pelos de roedor em 100g.

Doce em pasta e geleias de frutas - até 25 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 100g.

Farinha de trigo - até 75 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas praticas (não considerados indicativos de risco) em 50g.

Café torrado e moído - até 60 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g.

Chá de camomila - até 90 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g; cinco insetos inteiros mortos (exceto os indicativos de risco) em 25g.

Chá de menta ou hortelã - até 300 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não consierados indicativos de risco) em 25g; cinco insetos interios mortos (exceto os indicativos de risco) em 25g; dois fragmentos de pelos de roedor em 25g.

Chá de boldo - até 75 fragmnetos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g; dois fragmentos de pelos de roedor em 25g; 70 bárbulas, exceto de pombo, em 25g.

Orégano (todas as formas de apresentação) - até 20 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 10g; 20 insetos inteiros mortos próprios da cultura em 10g; um fragmento de pelo de roedor em 10g.

Páprica - até 80 fragmentos de insetos (não considerados indicativos de falhas das boas práticas) em 25g, onze fragmentos de pelos de roedor em 25g, 20% de campos positivos de fundo (segundo contagem de filamentos micelianos pelo método de Howard).

Alimentos em geral - até 1,5% de areia ou cinzas insolúveis em ácido.

 



Fonte: extra.globo.com